Puro Otaku: Rayman Legends

30 de set. de 2013

Rayman Legends


Em 2011 tivemos o espetacular Rayman Origins, que foi um dos platformers 2D mais incríveis que eu joguei em tempos, mas eu não senti que ele ia ter uma continuação porque seu lançamento foi meio que junto com o de vários jogos aguardados da época e isso fez ele vender um tanto abaixo do esperado por isso, ou talvez seja só porque platformers não são mais populares em consoles HD mesmo... Mas seja lá pelo que for, Rayman Origins não foi exatamente o maior sucesso comercial da Ubisoft, apesar disso, parece que a Ubisoft ficou satisfeita com as vendas do jogo, que foram fracas em cada console em que ele foi lançado separadamente, mas juntando tudo, ultrapassa até os 2 milhões de unidades vendidas, então... Tá valendo.

Melhor ainda, essas vendas foram o suficiente pra encher os cofrinhos da Ubisoft e fazer com que queiram continuar com Rayman, e assim surgiu Rayman Legends, a continuação de Rayman Origins e um dos jogos que eu mais estava afim de jogar nesse ano, quando foi anunciado originalmente como um exclusivo de Wii U, eu simplesmente quis que a Ubisoft e o Rayman se forniquem já que eu nem ia jogar mesmo, mas assim que a Ubisoft resolveu tornar Rayman Legends um jogo multiplataforma (O que foi a melhor decisão que eles tomaram), eu passei a gostar da Ubisoft de novo e fiquei contando os dias pra essa porra lançar logo, talvez eu estava aguardando isso mais até do que GTA V, mas tudo bem, agora Rayman Legends saiu e é só alegria daqui a pra frente!

A propósito, já que mencionei o Wii U, me perguntaram se eu vou postar sobre Sonic Lost World, Donkey Kong Country: Tropical Freeze, Wind Waker HD e outros jogos do console... É bem provável que não, a minha situação pra jogar jogos de Wii U é bem complicada, eu não tenho o console, não tenho interesse algum em comprar e nem conheço gente que queira comprar um também, logo eu não vou poder jogar nenhum jogo de Wii U se eu não tenho nenhum meio de acesso a eles, quem sabe daqui a um bom tempo quando eu achar que devo comprar um Wii U ou algum amigo ou parente meu acabar comprando, mas por enquanto é praticamente impossível.

Com tudo devidamente esclarecido, agora foda-se o Wii U, foda-se a Nintendo e o Sonic também, vamos voltar pra Rayman Legends que é claramente o jogo que interessa.

Não dá nem pra dormir sem alguma merda acontecer



Assim como Rayman Origins, esse jogo também tinha um enredo diferente na fase inicial do seu desenvolvimento, e a descrição dele seria isso:
Rayman, Globox, e os Teensies estão andando por uma floresta encantada onde eles descobrem uma misteriosa tenda cheia de pinturas atraentes. Na medida em que foram se aproximando, eles notaram que cada pintura parecia contar a história de um mundo mítico. Enquanto se focavam numa pintura de uma terra medieval, eles de repente são sugados pra dentro da pintura, entrando no mundo e a aventura começa. A gangue precisa correr, pular e lutar em seu caminho por cada mundo pra salvar o dia e descobrir os segredos de cada uma dessas pinturas lendárias.
Mas isso foi descartado e agora oficialmente a história de Rayman Legends ocorre um tempo após o que aconteceu em Origins, depois de passar por todas aquelas aventuras e confusões que aconteceram por causa de uma velha, Rayman, Globox e os Teensies foram dormir por um tempo, porém eles acabaram dormindo por mais de 100 anos, e como aparentemente não tem mais ninguém competente o suficiente pra cuidar da Glade of Dreams, os pesadelos do Bubble Dreamer se multiplicaram, ficaram mais fortes e agora vários monstros etão por aí capturando Teensies e corrompendo o local.

Então querendo resolver essa merda, o Bubble Dreamer resolve chamar o Murfy, explicar pra ele tudo o que se passa no momento e mandar ele acordar nossos heróis pra que eles deixem de ser vagabundos doidos e soltos e salvarem o dia normalmente, já que o trabalho deles é manter a Glade of Dreams segura e livre de pesadelos, e então eles vão lá junto com o Murfy salvar os Teensies, livrar a Glade of Dreams de pesadelos, salvar as princesas que foram capturadas e lutar contra o Magician que agora está separado em cinco Teensies encapetados por algum motivo, e é assim que tudo começa.

Igual foi com o Origins, eu também preferi o conceito antigo da história desse porque parecia menos bobinho e o lance dos quadros que contam histórias e tal parecia dar um ar meio misterioso ao negócio todo se por acaso a narrativa fosse se desenvolver, mas não é como se fizesse muita diferença no fim das contas, a história desse jogo ainda é quase tão "esquelética" quanto a do Origins era, talvez menos, mas dá pra ver que ela não recebe tanta atenção assim e não se leva muito a sério também, mais ou menos como histórias de platformers costumam ser, no máximo o que você  tem de narrativa fora a intro do jogo são as partes no fim de cada mundo onde o Rayman persegue um dos Magicians, encurrala ele no final, dá uma porrada tão forte nele que o manda pra lua, que agora é habitada por filhos do capeta, onde ele fica preso numa cratera e tem seu rabo espetado por tridentes por toda a eternidade.

Creio que eu não tenho mais nada pra falar sobre a história, ela é o mais simples que você pode imaginar, não muda muito na progressão e tem um senso de humor que torna ela divertidinha de acompanhar, mas nada especial, uma genuína história de um platformer em sua forma mais básica... Enquanto eu prefiro o conceito antigo disso, eu posso viver com essa nova versão, e não é como se alguém jogasse Rayman pela história mesmo, então tá, whatever.

E o impossível se tornou possível



Eu havia falado que nenhum platformer 2D vai conseguir ser mais bonito que Rayman Origins lá em 2011 e continuei a dizer isso por um bom tempo, Rayman Origins era o platformer 2D com visuais perfeitos e insuperáveis... Até que então ele foi destronado por nada menos do que seu sucessor, Rayman Legends, puta que me pariu, esse jogo consegue ser ainda mais visualmente esplêndido do que o Origins em todos os aspectos possíveis! Quando eu pensava que isso era impossível, a Ubisoft vai e me impressiona novamente, mas acho que nada mais seria capaz de superar os visuais de Rayman Origins além de uma sequência.

Antes os visuais pareciam desenhos animados, agora eles parecem pinturas cartunescas ganhando vida, o que combina perfeitamente com a temática do jogo, o nível do detalhamento dos cenários e dos personagens é espantoso agora e provavelmente continuará sendo mesmo daqui a umas gerações, as animações estão ainda mais fluídas, a iluminação está anos luz melhor do que antes com brilhos e sombra impecáveis e uma das mais notáveis adições seria o uso sutil do 3D que gera efeitos bem bonitos, deixa alguns backgrounds com uma sensação de profundidade maior do que antes e alguns bosses que têm modelos 3D feitos de uma forma que ficasse bem próxima do estilo de desenho, fazendo com que ainda pertençam ao jogo mesmo com modelos 3D.

Essas melhoras na parte gráfica do jogo tornam ele mais agradável ainda de se ver, principalmente se você colocar numa TV com um cabo HDMI, parecia que meus olhos iam entrar em orgasmo a qualquer hora.

Talvez você não precisava saber dessa última parte, mas tudo bem, continuando...


A direção artística também teve uma mudança em Rayman Legends, dessa vez a inspiração vem de uma época mais antiga e medieval, isso é aparente em Teensies in Trouble que é literalmente uma terra medieval com direito a castelos, masmorras, florestas e a porra toda, no segundo mundo, Toad Story, já temos pântanos, pés de feijão, e até mesmo ruínas de castelos localizadas acima das núvens, e também existe um mundo baseado em comida chamado Fiesta de los Muertos que ao contrário dos outros mundos de comida da série, é baseado em comida mexicana se o nome já não deixou óbvio o suficiente, e o 20.000 Lums Under the Sea que é um mundo aquático que começa parecido com o do Origins, mas depois fica bem mais escuro e atmosférico e o Olympus Maximus que é baseado na Grécia antiga, cheio de construções gregas, montanhas altas e cavernas.

A arte surrealista de Rayman está presente nesses cenários também assim como nos do Origins, talvez não tão levado pro surrealismo quanto, mas ainda assim são lugares bem bonitos e o Rayman e os outros personagens nunca parecem fora de lugar em nenhum desses cenários, todas as temáticas foram bem adaptadas, eu acho que não tenho nada pra reclamar quanto à parte gráfica desse jogo, ele é o novo platformer 2D mais bonito de todos, até hoje me pergunto por que outros jogos do tipo não seguem esse estilo, é essencialmente old school com nova cara, não tem como ficar melhor do que isso e olhar pra jogos old school atuais como DuckTales Remastered por exemplo depois de jogar Rayman Legends chega a ser até deprimente.

Além disso você também tem a oportunidade de ver algumas fases do Origins nesse mesmo estilo já que dá pra liberar elas no decorrer do jogo, e elas ficam mais bonitas ainda, não tanto quanto as desse jogo porque não existe todo aquele uso do efeito 3D, mas ainda assim ficaram boas.

Uma pegada revigorante em um gênero clássico



Tecnicamente o gameplay de Rayman Legends ainda é o mesmo que tinha no Origins, tudo o que você pode fazer lá, você também pode fazer aqui da mesma forma, andar, correr, pular, usar o glide pra cair mais lentamente e aterrissar em plataformas com mais precisão, pular/correr em paredes, além de poder dar porrada nos seus inimigos e pular em cima deles pra matá-los, já que esse é o modo mais convencional de se matar inimigos em platformers desde que o Mario deu as caras pulando em cima de tartarugas por aí, o diferencial no gameplay base desse jogo é que ele é ainda mais polido do que do Origins e com isso os controles estão ainda mais firmes e precisos do que nunca, sendo possível realizar cada ação sem qualquer problema.

Porém existem algumas mudanças no modo como se joga, uma das que podem ser notadas logo de cara é que seus inimigos não se transformam em bolhas depois que você os acerta com um pulo ou um soco, eu nunca entendi por que diabos isso acontecia no Origins e sempre achei que aquilo só quebrava o ritmo das fases já que eu tinha que acertar eles mais uma vez pra morrerem de vez, então felizmente agora isso não existe aqui, você só dá um hit no seu inimigo e ele morre, simples assim, sendo bem mais fácil realizar ações em sequência enquanto o gameplay continua fluindo, é uma mudança simples que consegue fazer uma puta diferença no jogo mesmo, outra adição a esse gameplay é que agora em certas partes das fases você pode usar projéteis, apertando o botão de soco, o Rayman manda umas luvas de boxing azuis e uma vermelha pegando fogo que mata qualquer coisa no caminho e continua indo quando você aperta o botão no meio de uma corrida.

De resto, é um Rayman Origins mais polido e com um level design mais robusto que agora requerem que você salve Teensies ao invés de Electoons que ainda estão bem escondidos nas passagens secretas das fases, alguns em locais mais óbvios e outros não, algumas fases envolvem transições de foreground/background e algumas seções de stealth no 20.000 Lums Under the Sea que funcionam surpreendentemente bem, elas requerem movimentos mais precisos e um uso melhor da escuridão do cenário junto com a luz, são bem desafiadoras, não parecem forçadas e nem frustrantes, no geral o jogo ainda se mantém bem desafiador, mas a dificuldade parece ter recebido um downgrade com relação ao Origins, mas não um downgrade que deixe o jogo pior, algumas fases do Origins eram baseadas demais em memorização e costumavam ser as piores do jogo, aqui isso não acontece com muita frequência e o jogo ainda continua bem difícil principalmente nas últimas fases onde um errinho pode te fazer morrer, e as vidas ainda continuam infinitas pra evitar que o jogo fique frustrante.

Isso significa que Rayman Legends é só o Origins com dificuldade melhor balanceada e algumas mudanças leves no gameplay, não exatamente, na verdade esse jogo tem suas próprias grandes novidades também, e você deve fazer ideia do que eu vou falar sobre neste momento...


Rayman Legends originalmente era um jogo exclusivo do Wii U, e de alguma forma ele deveria ter uso daquele touch pad que tem no controle dele, e é aí que o Murfy entra nessa coisa toda, em algumas das fases ele aparece e fica acompanhando o Rayman, na versão de Wii U ele é controlável através desse touch pad e você pode mover ele pra qualquer lugar até algum objeto ou inimigo em que ele é usado pra interagir, mas agora que esse jogo é multiplataforma, como diabos eles fariam essa gimmick do Murfy funcionar adequadamente? Algo tão específico pra tal plataforma não poderia funcionar bem em outras plataformas, ou poderia? Estaria tudo perdido pra nossos destemidos desenvolvedores?

Na verdade não, o modo como eles contornaram a ausência de um touch pad pra versão de PS3/Xbox 360 não faz com que o Murfy funcione exatamente como no Wii U, mas é satisfatório, obviamente o Murfy não pode ser controlado livremente, ao invés disso ele automaticamente voa até ficar próximo de algum objeto ou inimigo em que ele possa fazer algo, e aí você deve apertar B pra que ele faça o que tiver que fazer, o Murfy é bem útil pra atrapalhar inimigos mais fortes te dando oportunidade pra matar eles ou lidando com monstros gigantes e até interagindo com partes das fases, cortando cordas pra que você possa balançar ou alguma plataforma seja possível de atravessar, ou movendo plataformas em si, te protegendo de bolas de fogo ou lava, criando plataformas e abrindo caminhos pra você passar comendo os bolos nas fases de comida além de algumas partes onde ele gira plataformas ou gira o próprio cenário por onde você atravessa, tudo isso sendo controlável manualmente, é claro, pode parecer que o jogo fica mais fácil já que o Murfy vai automaticamente pra qualquer lugar e aí é só apertar B, mas as vezes isso nem é a melhor opção e mais depois você tem que usar o Murfy na hora certa ou ele vai acabar acidentalmente te matando, é uma boa maneira de injetar desafio em uma gimmick aliada.

O mais impressionante é que o jogo nunca abusa muito disso, primeiro porque não são todas as fases que são assim e ainda assim em algumas partes você pode tentar passar sem usar o Murfy, é mais difícil, mas ainda é possível, de qualquer forma isso é bem inovador e é uma coisa diferente adicionada à fórmula de platformers 2D que até hoje vive surpreendendo. Esse carinha gente boa faz praticamente qualquer coisa pra te ajudar a troco de absolutamente nada, o Murfy é o que a Navi de The Legend of Zelda sempre sonhou em ter sido, o Murfy é um bom companheiro e ninguém pode negar!

Infelizmente, o uso do Murfy na versão de PS3/Xbox 360 não é exatamente impecável, já que você não pode mover ele livremente e depende dele ir automaticamente onde precisa, enquanto na maioria das vezes ele vai pros lugares certos e faz tudo normalmente, nas fases mais tardias do jogo onde têm mais coisas pra fazer com ele, existem momentos ocasionais onde ele não vai exatamente onde eu quero que ele vá, e isso me fez morrer algumas vezes por ficar dependendo dele, provavelmente esse problema nem existe na versão de Wii U, e não acontece com muita frequência nessa também, mas ainda é bem irritante morrer por esse tipo de coisa quando acontece, ainda mais quando eu estava indo perfeitamente bem na fase.


Além do Murfy, esse jogo também introduz fases musicais no final de cada um dos mundos, a Castle Rock no final do Teensies in Trouble, a Orchestral Chaos no final da Toad Story, a Mariachi Madness no final do Fiesta de los Muertos, a Gloo Gloo no final do 20.000 Lums Under the Sea e a Dragon Slayer no final da Olympus Maximus, cada uma com um estilo musical diferente, cada fase dessas se consiste em jogar seguindo o ritmo da música que toca na respectiva fase, era possível fazer isso em Rayman Origins, mas as fases não eram bem montadas em cima disso igual essas são, cada pulo, cada inimigo que você mata e cada lum que você coleta está posicionado de modo que siga o ritmo da música, e essas fases são boas pra caralho, cada uma delas é incrivelmente divertida de jogar e rejogar até enjoar, até hoje eu repito a Castle Rock, a Orchestral Chaos e a Dragon Slayer sempre que eu boto esse jogo no console e nunca me canso, queria que tivesse mais disso nesse jogo, foi simplesmente genial!

Os bosses continuam sendo monstros gigantes, mas ao invés de ter que ir até o ponto fraco, você pode atacar eles de qualquer forma assim que abrirem alguma brecha, na maioria dos casos é voando e com projéteis, mas alguns bosses têm o lance do ponto fraco, como o dragão mecânico que aparece no final do mundo aquático, mas ainda é basicamente o mesmo lance de aprender os padrões de ataque deles e saber atacar na hora certa, eles são bem desafiadores, especialmente o último boss que é uma nuvem negra que tem três fases com formas diferentes de lutar, eu não acho esses bosses tão bons quanto as fases normais, mas ainda assim ao menos visualmente eles são um espetáculo.

Uma coisa decepcionante nesse jogo é que a campanha principal dele é mais curta do que a do Origins que tinha nove mundos contando com o Land of the Livid Dead que era destravado depois de pegar todos os dentes do Deadman e dava o final definitivo pro jogo, aqui o total de mundos são seis, e a Living Dead Party que é destravada depois de libertar 400 Teensies nesse não é nem exatamente um mundo novo, é só mais uma fase musical que realmente é boa e o resto são versões "8-Bit" das fases musicais passadas, que são bem chatas de jogar, a tela fica chiando o tempo todo e atrapalhando a visão várias vezes, causando um monte de cheap deaths, eu não sei se essa dificuldade artificial foi intencional pra tirar onda com jogos que fazem isso ou se foi só um negócio que jogaram lá de qualquer jeito no final pra terminar o jogo, ainda assim é bem tosco, quando eu peguei todos os Teensies, eu esperava uma Land of the Livid Dead nova ou algo assim, onde eu passava por fases mais difíceis, enfrentava o verdadeiro Final Boss e dava o final definitivo do jogo igual no Origins.

No entanto esse jogo tem mais conteúdo por assim dizer, além de ter mais personagens pra desbloquear, além dos que já tinham no Origins e agora as princesas que você salva, mas eu nem mudo muito de personagens porque não tem quase nenhuma diferença entre um e o outro, é mais legal de jogar no Co-Op mesmo, além disso tem um minigame chamado Kung Fu Foot que dá pra jogar com dois jogadores e dá pra destravar fases do Origins num modo chamado Back to Origins, essas fases são destravadas pelos bilhetes de loteria que você ganha nas fases dependendo de quantos lums e Teensies você pegou nas fases, aí com eles você libera fases do Origins, criaturas que te dão mais lums, ou então Teensies e lums extras, esse jogo tem mais conteúdo que o Origins, mas olhando por um lado, o conteúdo adicional mais significativo dele é ter fases do Origins, o que é legal, mas eu joguei elas antes, na campanha principal tem umas "invasões" onde você tem que salvar Teensies no tempo certo em locais pelos quais você já passou ou apostar corridas com o Bad Rayman, que são desafios legais, mas ainda assim... É, a Land of the Livid Dead ainda era melhor.

Músicas tão cativantes quanto antes



Rayman Legends continua tendo músicas com melodias que grudam na cabeça mais do que o Ah Lelek Lek, dessa vez elas são mais orquestrais e combinam com a atmosfera das fases, as do Teensies in Trouble costumam ser mais agitadas e vivas enquanto as das partes aquáticas ou de stealth são mais sutis e não tão barulhentas quanto pra se adequarem ao momento do jogo, elas se encaixam perfeitamente com as fases e são boas de se ouvir, talvez não há muito daquela coisa das lums cantarem a música enquanto você passa pela fase, mas isso não deixa as músicas menos legais.

Mas todo mundo sabe que o principal são as músicas das fases musicais, algumas são covers bem bolados de músicas populares como Black Betty (Castle Rock), Eye of the Tiger do Ram Jam (Mariachi Madness), Woo Hoo doThe 5.6.7.8's (Gloo Gloo) e por último, mas não menos importante, a Antisocial do Trust (Dragon Slayer), a Orchestral Madness é uma composição original desse jogo que é igualmente boa e a Living Dead Party é um remix da tema do Land of the Livid Dead, que também é um toque bem legal, claro que as músicas também são boa parte do motivo de eu repetir essas fases.

E sobre a dublagem... Bem... Ela meio que não existe, só no começo onde o Bubble Dreamer fala sobre as tretas e tudo lá, mas fora isso não tem dublagem alguma aqui, então fica por isso mesmo.

Veredicto final


Rayman Legends é um dos melhores platformers 2D já feitos e um sucessor mais do que digno de Rayman Origins, pode decepcionar em alguns aspectos, mas ele compensa a maioria dessas coisas e acaba sendo tão bom quanto ou até melhor, pra fãs de platformers 2D, isso é praticamente um jogo obrigatório, qualquer pessoa que goste do estilo tem que ter Rayman Legends, é um gênero que está quase morto hoje em dia em consoles HD e um jogo tão bom quanto esse não pode passar batido, só espero que isso também venda bem, porque realmente merece.

Agora se por acaso continuarem com o Rayman caso esse jogo faça sucesso, a Ubisoft bem que podia tentar fazer um novo jogo 3D do Rayman, digo... Os jogo 3D passados dele nem foram ruins, Rayman 2 ainda é um jogo bom pra jogar mesmo hoje em dia e o 3 é legal mesmo sendo meio diferente, não tem por que não lançar um novo Rayman 3D com recursos modernos, se isso vai acontecer ou não, só o tempo dirá, mas o que importa é que Rayman Legends chuta bundas, e se você não jogou, deixa de ser um filho da puta desprezível e jogue!

Prós:


+ Melhorias bem vindas no gameplay.
+ O Murfy é uma ótima adição que inova e não faz o jogo parecer gimmicky demais.
+ Gráficos mais bonitos ainda do que os do antecessor.
+ Level Design excelente.
+ Bastante conteúdo destravável.
+ Fator replay alto.
+ Trilha sonora cativante.

Contras:


- A Living Dead Party ao todo é bem meh.
- Algumas falhas ocasionais com o posicionamento automático do Murfy.

Nota: 9.5

"Excelente"