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Esse review possui pequenos trechos com humor. Não leve tudo a sério. |
Quando você baixa algum anime (desde que você tenha uma boa intenção), tudo o que você quer ver nele, é algo que você goste, que te emocione (num anime hentai existem outras emoções), que te faça pensar porra, que foda. Exatamente isso que existe em Guilty Crown. É claro que não é aquela perfeição, mas pensando nos animes que fazem sucesso de hoje em dia, ele consegue humilhar em apenas 22 episódios.
Posso dizer que sou fã de carteirinha de Guilty Crown. Lembro o nome de todos os personagens ÚTEIS da história e gosto por ser extremamente simples, mas desenvolvida ao mesmo tempo. Aliás, por que diabos eu ficaria me lembrando de nomes não necessários? Sou dessa opinião. Absorva o que é útil. Afinal, guardar conteúdo inútil é pura besteira. Um megabyte a menos no espaço livre de seu cérebro.
Guilty Crown se passa no Japão, em 2039. Após o surto de um vírus chamado Lost Christmas (porque a epidemia começou na véspera de natal), o país acaba por se tornar uma dependência econômica e sua população é vigiada o tempo todo pelo governo, que tem o poder de dizer quem está doente ou não e mandar matar essas pessoas. Nessa sociedade, está um garoto chamado Ouma Shu. Ele, inicialmente é um garoto que está naquela famosa fase da vida em que nada faz sentido e fica observando garotas em seu tablet em formato de L e tela digital.
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Ouma Shu vendo pornô em seu tablet. |
Enquanto Shu assistia um vídeo pornô marotão, uma garota de cabelos rosa, olhos rosa, roupa vermelha (que origina o rosa) e com os peitos quase de fora corria dentro de um esgoto, que por sinal era gigantesco demais para estar no subsolo, mas é Japão né cara? Ela corria carregando um frasco contendo alguma coisa e seu robô de estimação, com a intenção de entregar esse frasco pro Osama Bin Laden do anime, porque ela era uma terrorista também. A polícia corre feito louca atrás dela até mesmo com mechas e ninguém consegue capturá-la inicialmente, o que faz parecer que ela é muito foda. De alguma maneira, ela consegue escapar e vai parar numa casa abandonada, onde havia um computador hi-tech que era do Shu e eles se encontram ali (?). Aí continua a história, que eu não vou contar para evitar spoilers.
Ok, esse começo de história é completamente sem noção, sem nexo e com um choque de personagens ainda mais sem nexo. Ok, eles fizeram com que isso tudo acontecesse como pura coincidência, mas ter um computador de alta tecnologia dentro de uma casa abandonada ainda não faz sentido. Inclusive, concordo com um comentário do Leonardo Kitsune e do Fábio Urso, ambos do Vlog Video Quest:
Só acontece isso porque é no Japão. Se fosse no Brasil, haveria ali dois mendigos, um comendo o outro, um drogado e esse computador já tinha sido roubado faz tempo.
Mas sem problemas, é completamente ignorável. Vamos continuar.
Uma coisa que agrada bastante nesse anime é a sua trilha sonora. Ela tem um estilo de acordo com o momento. A instrumentação é completamente variada. As aberturas e encerramentos são compostas pelo ryo, da banda supercell. As aberturas e encerramentos são cantadas pela mesma banda. Apesar de no anime aparecer como EGOIST. Egoist nada mais é do que a banda da Inori, e eles acharam melhor usar um nome fictício para usar as músicas. Apenas isso. Não conhece supercell? Então ouça essas músicas. Fiquei fã da banda assim que assisti o anime e soube depois, que esse autor compôs World is Mine da Hatsune Miku. Porém, infelizmente ele também compôs Black Rock Shooter, anime que falarei num outro momento. Aliás, uma curiosidade, é que o ritmo da música da primeira abertura do anime, dita o ritmo da história. Pode ser meio que viagem, mas que parece, parece sim. A música começa com uma batida fraca, e depois o ritmo dela vai ficando mais intenso, até que fica frenética. Justamente como a história do anime.
Vamos retomar o que eu disse no começo dessa review. Por que eu disse que o anime não é perfeito? São vários itens, como erros de animação (apesar de estarem bem disfarçados), coisas mal explicadas, coisas NÃO explicadas, um OVA nada a ver com a série em si entre outros. Se o anime fosse de roteiristas totalmente novos, seria aceitável, foi só uma ponta que ficou solta. Mas infelizmente não. Não podemos esquecer que Guilty Crown foi dirigido por Tetsuro Araki, o mesmo diretor de DEATH NOTE e de outro lado, temos o roteirista de CODE GEASS, Ichiro Okouchi. Grandes nomes, grandes expectativas. Assim que funciona.
Os terroristas são todos estilosos. Isso é um ponto fraco do anime. Por que eles têm tempo de se arrumar? Eles estão lutando contra o governo japonês, não podem estar arrumadinhos o tempo todo, seriam facilmente reconhecidos. Inclusive, é exatamente isso que acontece. Agora um pouquinho de spoiler.
Eu disse que não queria abordar história aqui e não vou. Como também não tem como falar dos personagens individualmente, já que são MUITOS, vou finalizar o review aqui.
Prós:
- Animação boa e com erros bem disfarçados;
- História bem desenvolvida;
- Exploração de personagens até seu limite;
- Boa trilha sonora;
- Abertura com contraste entre quem não faz nada e quem tenta salvar o mundo;
Contras:
- Todos os personagens são bonitos;
- Pontas soltas e alguns eventos mal explicados;
Nota: 9.0